Não só os humanos sentem os efeitos da queda da temperatura e do ar mais seco no outono. Vírus e algumas bactérias encontram ambiente propício nessa estação e afetam também a saúde dos pets.
Nos peludos, são mais comuns doenças articulares, oftalmológicas, respiratórias e dermatológicas.
Segundo o veterinário Marcelo Quinzani, da rede Pet Care, problemas de coluna e as doenças crônicas articulares —chamadas de osteoartrite em cães— podem mostrar sintomas mais evidentes nesta época —e geralmente atingem os animais mais idosos. Entre os sintomas estão mancar um dos membros, ter dificuldade de se levantar, sentar —e demonstra dor ao deitar—, chorar ao se movimentar, não conseguir subir no sofá ou fazer as necessidades quando está deitado.
A maioria dos tratamentos é feita com medicamentos orais, fisioterapia, acupuntura, células-tronco e, em alguns casos, até cirurgias —em processos graves de displasia coxofemoral ou nos problemas de cotovelo e ombros em animais mais jovens.
O ar mais seco também provoca ressecamento e irritação nos olhinhos dos cães, principalmente de raças já afetadas pela escassez de lágrimas, como buldogue, cocker, pug e shih tsu. O especialista, diretor clinico da Unidade do Morumbi da rede de clínicas, afirma que é importante ficar atento a qualquer alteração e usar lubrificante para umedecer a córnea e evitar desconforto no pet.
Nesta época também é comum a tosse dos canis, que afeta o sistema respiratório e é bastante contagiosa entre os cães. Os sintomas são parecidos com os da gripe humana e incluem tosse seca e persistente, corrimento nasal que pode persistir por 5 a 10 dias, espirros e falta de apetite.
Há prevenção para a doença, por meio de vacinação. De acordo com o veterinário, as doses intranasal —gotinhas dentro da narina— ou oral —gotinhas na boca— produzem resposta imunológica mais rápida —em 3 a 4 dias, enquanto a injetável precisa de duas doses, com intervalo de 30 dias para garantir a mesma imunização.
CARRAPATOS
O outono ainda é época propícia para a proliferação dos carrapatos que transmitem doenças graves, como a erlichiose, babesiose e anaplasma.
O diagnóstico é feito por meio de testes de sangue associado ao exame clínico realizado pelo médico veterinário. Quanto antes a doença for detectado, melhor a qualidade de vida do animal.
Quinzani lembra que carrapatos são comuns no Brasil, e o ideal é fazer exame de sangue anualmente. Além disso, preventivos para pulgas e carrapatos devem ser usados regularmente o ano todo, conforme prescrição do veterinário.
(Imagem: Adobe Stock)
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