Foi o cachorro mais companheiro que alguém poderia ter, diz tutora em homenagem de despedida; leia

“Manollo teve a vida mais feliz que um cão poderia ter.” Assim, Giovanna Zanolini, 37, descreve seu golden retriever, que chegou bebezinho e cresceu com uma família que se formava.

“Acompanhou de perto os perrengues de dois jovens que decidiram se casar e deram duro para realizar tudo o que sonharam. Fez parte de toda nossa história juntos”, afirma.

Manollo não resistiu a problemas de saúde e morreu em dezembro passado, aos dez anos. A tutora diz que o golden nunca teve problema sério de saúde, até que desmaiou em casa, em abril de 2020. Foi detectado um problema no coração, ficou internado, se recuperou e levou uma vida normal. “Não deixou de passear a pé ou de carro, de comer as folhas e vegetais que tanto amava, nada! Viveu feliz até o último dia”.

Giovanna conta que, depois disso, passou a aproveitar todos os segundos ao lado de Manollo como se fossem os últimos.

Em uma consulta de rotina, porém, foi identificado um tumor no coração, que já poderia ter atingido outro órgão. “A veterinária pediu ultrassom do abdômem para investigar melhor e, então, descobrimos que havia um sangramento ativo. Manollo foi para a cirurgia, retirou o baço e precisaria provavelmente de quimioterapia. A única coisa que não queríamos era vê-lo sofrer. Um cachorro tão leal, carinhoso ao extremo e que só faltava falar não merecia passar por nada que lhe causasse dor”, afirma.

A tutora diz que pressentia o que aconteceria na manhã seguinte. “No hospital veterinário, quando o deixamos internado, orei a Deus e pedi que ele não sofresse. Conversei com Manollo mentalmente e o imaginei correndo em um gramado lindo e ensolarado. E assim ele se foi, de modo natural, sem sofrer, vivendo até o último dia sentindo o nosso amor por ele.”

No dia da partida, Giovanna escreveu uma homenagem a Manollo, que compartilha abaixo com o blog. “Homenageá-lo acalma o coração e é um jeito de retribuir o que ele foi para mim e minha família.”

*

Manollo foi à praia, foi ao sítio. Foi corajoso o suficiente para ver os fogos no Réveillon olhando o mar. Tomou banho de mangueira. Correu, brincou e passeou todos os dias nos últimos mais de 10 anos.

Manollo e os tutores (Arquivo Pessoal)

Ouviu eu te amo na maior parte dos 3.800 dias. E se não ouviu, sentiu. Viveu feliz. Viveu grudado. Dormiu junto e esteve aqui para ver realizar a promessa que fizemos de ter um quintal de grama só para ele. Contou os minutos até a gente voltar para casa. Todos os dias.

Foi o cachorro mais amoroso e companheiro que alguém poderia ter na vida, que se recusava a seguir no passeio se não estivéssemos todos juntos. Talvez essa seja a maior lição que ele deixa.

Manollo fez de mim a minha melhor versão. Nem um filho humano seria tão igual a mim no comportamento quanto ele foi. E me fez melhor, muito melhor.

Derreteu o coração de uma vovó humana que não gostava de cachorro dentro de casa até conhecer o Manollo. Ganhou um concurso, teve foto publicada na revista e numa exposição no shopping. Até logo de marca de camiseta ele foi. E ainda será.

Foi mimado, experimentou frutas, verduras e legumes. Anteontem ele cavou o jardim e eu deixei, porque ele merecia.

Manollo viveu anos muito felizes. E nós também. E eu só tenho a agradecer por ter vivido tudo isso com ele sempre saudável.

Corre, Mano. Naquele gramado lindo e ensolarado que imaginei para você.

Eu te amo. Pra sempre.

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