A decisão pela castração do pet quase sempre é uma discussão em família que leva em consideração muitos mitos e preconceitos. A verdade é que mais do que evitar a reprodução, o procedimento traz reais benefícios ao animal de estimação, principalmente em relação a sua saúde.
Segundo a veterinária Carolina Rocha, mestre em comportamento animal e fundadora da Pet Anjo, existe um falso conceito de mutilação do animal e também à violação de escolha dele em procriar. “Há milhares de anos, os cães e gatos foram domesticados. Todas as escolhas desses animais são feitas pelo tutor, seja na alimentação, no estilo de vida e inclusive, sobre ter ou não filhotes”, afirma.
A veterinária destaca que não se trata de mutilação, se o procedimento é realizado de modo correto, com profissionais capacitados, toda a higienização, esterilização, analgesia e os cuidados pós-operatórios necessários. “A cirurgia em nada tem a ver com maus-tratos, ao contrário, evita enfermidades e a superpopulação de animais nas ruas”, completa.
Apesar de ser um procedimento muito menos invasivo nos animais machos, por incrível que pareça são os homens, tutores dos cães, os mais resistentes a efetuar o procedimento nos animais do sexo masculino. Muitos apelam até para o fato de na castração a bolsa escrotal ficar vazia como um problema estético e que pode refletir na “masculinidade” do seu amigo. Algo que de longe não existe qualquer relação. Para o macho, o procedimento também traz benefícios, como a diminuição de demarcação e a redução de chance de desenvolver tumores de próstata, por exemplo.
“Diminuem ainda as chances de contrair o TVT (tumor venéreo transmitido), propagado durante o coito com animais já infectados, além de problemas urinários”, afirma a veterinária.
Outros pontos a serem levados em consideração, para quem deseja fazer o procedimento no animal, é importante saber que além de ser a alternativa mais adequada para o controle populacional, ajuda também na diminuição de fugas para o cruzamento. Alguns estudos apontam que animais castrados vivem cerca de 10 ou 15% a mais do que os que não são castrados.
Sem dúvida, para a cadela os benefícios são maiores: diminui os índices de doenças transmitidas por meio do coito e protege da “piometra” (infecção no útero comum naquelas que não passaram pelo procedimento). A prática de castrar também impede tumores de mama e infecções uterinas.
Nos gatos, de ambos os sexos, faz com que seja reduzida a incidência de contaminação do vírus da imunodeficiência felina (AIDS felina), transmitida por meio de mordidas e arranhões de animais portadores do vírus, que em geral são ocasionados por brigas nas ruas. Quando castrados, eles tendem a sair menos de casa e ficam mais calmos.
Quando castrar?
O ideal é que a castração seja feita antes do animal alcançar a maturidade sexual. Nos cães machos, por exemplo, antes dos seis meses, tendo a certeza de que os testículos já desceram até a bolsa escrotal, essa certificação é fundamental, pois quando o filhote macho é muito novo, os testículos ficam localizados na cavidade abdominal. Nas fêmeas, a castração deve ser efetuada antes do primeiro cio. “Existe um mito de que devemos deixar a cadela ter o primeiro cio, por causa do desenvolvimento, mas não há necessidade. Falamos cada vez mais sobre a castração precoce, então, com 3 ou 4 meses, as fêmeas já podem ser operadas”, detalha Carolina Rocha.
Castração gratuita
Muitos centros de controle de zoonoses dos municípios oferecem a castração gratuita ou com pagamento de uma taxa mínima, graças a parcerias e acordos com clínicas subsidiadas pela prefeitura. Basta entrar no site e seguir todas as recomendações citadas. Após esse primeiro passo, o tutor receberá informações sobre o local para onde será marcada a cirurgia. É necessário levar os dados do pet, como nome, data de nascimento (ou pelo menos uma referência) e o comprovante de residência do tutor, para que seja feito o documento de identificação do animal e posteriormente, o agendamento da cirurgia.
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