Incêndio provoca morte de 54 animais em abrigo em Portugal
Um incêndio em área florestal atingiu um abrigo de animais e provocou a morte de 52 cães e 2 gatos, neste fim de semana, em Portugal.
Segundo a Câmara de Santo Tirso, foram contabilizados 110 cães vivos após o fogo ser controlado. A remoção começou a ser feita neste domingo (19), por questões de segurança.
O fogo começou sábado (18) em Sobrado, no Valongo, e se alastrou até a localidade de Agrela. A GNR (Guarda Nacional Republicana) informou que vários animais foram resgatados enquanto o fogo avançava.
“Lamentavelmente, a dimensão do fogo e a grande concentração de animais naquele local impediram que tivesse sido possível resgatar todos os animais com vida”, diz em rede social.
O resgate causou polêmica. Moradores da região e protetores da causa animal disseram ter sido impedidos de acessar o local durante a madrugada para tentar salvar mais bichos.
A GNR afirma que a área é particular e que a situação estava controlada naquele momento, já que animais feridos haviam sido retirados por indicação de um veterinário municipal.
“Assim, é importante salientar que as consequências trágicas deste fogo não tiveram qualquer correspondência com o fato de a Guarda ter impedido o acesso ao local por parte dos populares”. Para a GNR, na ocasião, já tinham sido feito todo o possível para salvar os animais.
Durante o dia, no entanto, voluntários entraram no abrigo para atender alguns dos animais.
A deputada Bebiana Cunha (PAN) esteve no local. O partido afirma que fará denúncia ao Ministério Público por crime contra animais de companhia e que foi solicitada a apreensão cautelar dos bichos. Dois abrigos teriam sido afetados pelas chamas.
O PAN também contesta a decisão dos responsáveis pelo terreno de impedir a entrada de pessoas para ajudar no resgate e afirma que o local funcionava de forma ilegal.
“Tudo isto se torna ainda mais absurdo quando é do conhecimento público que estes dois espaços há muito estão identificados junto das autoridades locais por estarem em funcionamento de forma ilegal e terem ainda queixas por maus-tratos a animais.”
(Imagem: Reprodução/ SIC Notícias)
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