Primeiro vem um zumbido persistente próximo ao ouvido. De repente, surge uma coceirinha e a comprovação: o pernilongo acertou o alvo. Além de incomodar, mosquitos podem transmitir doenças também para os pets.
Cães e gatos estão livres da dengue e da febre amarela. Mas há outras duas enfermidades graves que podem ser transmitidas a eles por mosquitos: a leishmaniose e a dirofilariose —conhecida como verme do coração.
A própria picada pode ser um problema para o animal. Muitos cães desenvolvem alergia e apresentam inchaços ao redor dos olhos, focinho e orelhas —lugares mais fáceis de serem picados—, assim como na barriguinha, onde há menos pelo.
Segundo a veterinaria Carla Berl, fundadora da rede de clínicas Pet Care, alguns animais alérgicos podem sofrer infecção na pele de tanto coçar a área da picada e precisam ser medicados com antibiótico e anti-inflamatório.
Há como evitar os riscos provocados pelos mosquitos, mas a veterinária alerta: repente humano não deve ser usado no pet. Segundo ela, o uso de inseticidas tradicionais —em spray ou de tomada— também não são adequados para o ambiente onde os animais ficam.
A maneira mais eficaz e segura de prevenir a picada de insetos, portanto, são as coleiras repelente. Elas podem ser encontradas em pet shops, mas devem ser indicadas por um médico veterinário.
Colocar um ventilador próximo para afastar os insetos pode aliviar o sofrimento do pet. Outra opção é recorrer à instalação de telas em janelas e portas no local onde o bichinho passa a maior parte do tempo. Manter janelas fechadas no horário de maior atividade de mosquitos –final de tarde–, também é alternativa.
Contra mosquitos, também é importante acabar com focos de água parada em casa –vale trocar com frequência a água que o pet bebe e lavar potinho.
Além das doenças, outro transtorno para os animais é o barulho. Se humanos já se irritam com o zumbido, pets, que têm audição aguçada, ficam ainda mais incomodados.
AS DOENÇAS
Transmitidas por mosquitos, a leishmaniose e a dirofilariose podem ser prevenidas.
Transmitida pelo chamado mosquito-palha, a leishmaniose é uma das doenças mais negligenciadas do mundo e afeta animais e humanos.
Animais infectados podem apresentar sintomas como lesões na pele, perda de pelos em focinhos, orelhas e região dos olho, perda de peso e vômitos, mas há casos assintomáticos, o que dificulta o diagnóstico. Nos humanos, há sintomas como febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, anemia.
Coleira específica e vacina podem evitar a leishmaniose e são recomendadas, especialmente em áreas onde há maior risco de infecção. A prevenção inclui ainda abrigo limpo e telas finas para manter o mosquito afastado, principalmente ao entardecer.
Até bem pouco tempo não existia tratamento para animais, que eram submetidos a eutanásia. O medicamento disponível resulta no desaparecimento dos sinais clínicos, melhora os sintomas e diminui as chances de transmissão, mas tem alto custo e o cachorro não ficará livre do protozoário. O acompanhamento médico deve ser permanente.
Já a dirofilariose é doença silenciosa, conhecida como verme do coração.
Comum nas regiões litorâneas, a dirofilariose canina vem se espalhando pelo país. O tratamento não é simples, e nem sempre dá resultado. Mas a doença pode ser evitada também com medicamentos preventivos.
Gatos também podem ser afetados. Embora felinos tenham menos chances de contrair a doença, são mais frágeis –e, com isso, morrem rapidamente.
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