Animal de estimação é parte da família, amigo para todos os momentos e, muitas vezes, a única companhia em casa. Por isso, sua partida é tão dolorosa.
Cada pessoa reage de uma forma diante do luto. É importante respeitar o tempo de cada um, afirma a psicóloga Joelma Ruiz.
“Pode ser que o enlutado leve um tempo para retirar do lugar a caminha do pet, os brinquedos e isso, não necessariamente, significa negação da morte, mas talvez apenas o tempo da pessoa para enfrentar esse ritual.”
Para ela, a ajuda ao enlutado inclui ficar próximo e entender que o luto é uma experiência desorganizadora e individual, além de respeitar esse sofrimento com uma escuta ativa e acolhedora. “E, quando eu não souber o que falar, o silêncio pode falar mais do que as palavras”, afirma.
Para facilitar o processo do luto, a psicóloga sugere ao tutor uma caixa de lembranças, onde podem ser guardados objetos significativos.
Quando uma pessoa morre, familiares próximos têm direito a licença no trabalho para preparar a despedida e elaborar um luto. Joelma afirma que rituais como velório e cremação são fatores importantes para validar a dor.
No entanto, no caso dos animais de estimação, essa validação não ocorre é, por isso, o apoio da família e dos amigos é tão importante.
Em São Paulo, o Dia da Memória Pet é lembrado anualmente desde 2018, todo segundo domingo de setembro. O objetivo é homenagear e compartilhar o importante papel que os animais têm ou tiveram na vida das pessoas.
Para ela, a data é um avanço para reconhecer o luto por animal, assim como entes queridos são lembrados no Dia de Finados.
“Podemos fazer o paralelo com o Dia de Finados e isso só mostra que estamos começando a reconhecer esta relação porque o luto pela perda do animal não tem regras, não tem normas, não tem rituais oficiais determinados pela sociedade. E o Dia de Memória Pet é uma validação dessa relação.”
(Imagem: Adobe Stock)